//
você está lendo...
Sistemas de Comunicações

Como Habermas dizia

Na primeira análise de Habermas, podemos extrair o objetivo da esfera pública como o de criar um espaço para a “manutenção” da vontade popular. Através do convívio comunitário, onde os cidadãos se encontravam para compartilhar, valorizar e transformar a cultura.

Como em toda discussão, opiniões diversas sempre são disputadas, “ganha” a que tenha mais apoio. Como ocorre no capitalismo, a classe burguesa luta pela sua permanência no poder, sua opinião apesar de ser a da minoria, sempre tentará prevalecer. Por isso nos debates de idéias valorizavam as capacidades intelectuais por oposição as condições de nascimento. Aí o inicio da invasão cultural pelos interesses dos mercados.

Com esta ambição, as esferas públicas burguesas começaram a ser um ambiente de resistência à autoridade pública estatal. Então podemos concluir que o Estado preserva o princípio que favorece as classes mais privilegiadas. Mas dá à população o indispensável para que esteja satisfeita e não crie dificuldades à este sistema.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, a propaganda começou a ser usada para fins políticos. A informação que chegava ao público era manipulada pela mídia, a favor dos protagonistas deste período. Muitos começaram a supervisionar tal atitude, mas com o fim da guerra, os mais conscientes e independentes que se encarregavam de fazer isto público, diminuíram suas denuncias, abrindo espaço para o “poder sem consciência”.

A informação ao ser usada como mercadoria termina sendo manipulada segundo o interesse da pessoa que o está divulgando. Com tantos meios de comunicação, e técnicas de divulgação a esfera pública termina sendo um espaço amplo de debate na sociedade atual, mas o que está sendo divulgado não é sempre a favor da opinião pública, mas de interesses políticos e publicitários.

Alguns meios como rádios comunitárias, canais públicos e sites de relacionamentos – Facebook, Orkut e twitter – tentam explorar ao máximo a liberdade de expressão. Opiniões, idéias e debates são formulados e discutidos, mas muitas vezes não nos damos conta do controle que um Sistema de Comunicações possui sobre nós.

Apesar de termos espaço para contestações com pessoas do mundo inteiro, devido à globalização, esquecemos que canais de televisão, sites e até pessoas são boicotadas. Limitando o direito de expressão a palavras e não permitindo a ação. Como se pensar e ter idéias fossem parte de um mercado cultural e não de uma luta pela liberdade.

Discussão

Nenhum comentário ainda.

Deixe um comentário

Escolha o tema: